OU O ABORTO OU A VIDA, VALOR ABSOLUTO!


Esse é um juízo que tenho e registro sempre, acerca das conspirações do macro particular universo ao redor que habitamos, e do micro infinito que dentro de cada um de nós há: a natureza detesta vácuos, e de alguma forma trata de preenchê-los. Pois o desgoverno da Idade das Trevas está a confirmar-se a exceção da regra: não preenche os seus vazios, nem permite que a natureza o faça. Volta, revolta, torna e retorna, faz uso do método "progressista" para retroceder o homem a mero aceitador do estado como seu proprietário, designando quando, como, onde, o quê e se pode comer, beber, dormir, fumar, estudar, ficar louco, triste ou feliz. Se trabalha, casa, descasa, faz sexo - e com qual sexo faz sexo  - se tem filho ou aborta. 

Os seus defensores, tanto do desgoverno quanto do aborto, juram que se trata de ideologia. Não é. Trata-se de fisiologia: o governo sabe que é muito mais barato para o SUS (sobrando mais para corrupção) e fácil (pois não há competência de gestão) liberar o aborto ao atacado, do que prover o cidadão das condições de decência na saúde pública,  desde o "pré-natal ao túmulo". É controle populacional, puro. Isso tem nome, e está grafado logo no próximo parágrafo.

Volto a 24 de dezembro de 2010 para resgatar o artigo Vida, Valor Absoluto, de BSchopen. O estado, por seu governo, desgraçadamente nos permite não sair do lugar.  Passeando no tempo e "de volta para o futuro", vermos que nada muda. Post datado, por citar o Natal? Nada disso! Em tempos em que os mesmos abortistas, genocidas, terroristas (da palavra, da corrupção ou das lutas armadas, tanto faz etc.), pregam o laicismo do estado perseguindo a profissão de fé, mas não abrem mão de suas folgas e curtições nos feriados cristãos do nosso calendário ocidental? Não é datado, não precisa nem edição!
VIDA, VALOR ABSOLUTO
Por  BSchopenhauer 
A vida é o único valor absoluto da existência humana. É pressuposto, meio e fim de todos os valores relativos, os quais, em confronto com a vida, devem ceder.
Não há nascimento sem vida, não há inteligência sem vida, não há crescimento sem vida, não há desenvolvimento sem vida, não há riqueza sem vida, não há pobreza sem vida, não há liberdade sem vida, não há igualdade sem vida, não há fraternidade sem vida, não há pessoa sem vida, não há família sem vida, não há sociedade sem vida, não há estado sem vida, não há paz sem vida, não há guerra sem vida, não há saúde sem vida, não há doença sem vida, não há concepção sem vida, não há morte sem vida... Não há nada humano sem vida.
Meditando, pois, acerca do absoluto valor da vida, nesta ocasião anual em que os cristãos de todos os quadrantes celebram o Natal do Senhor Jesus, quando os meios de comunicação de massa não se cansam de explicitar a felicidade proporcionada pelo consumismo exacerbado de tudo que o homem conseguiu elaborar racionalmente para o seu deleite material, surge para mim uma mescla de questionamento, irresignação... repulsa diante de uma das formas mais abjetas de guerra diuturna contra o valor absoluto da vida: o aborto.
Por quê, nestepaiz, país mental que açambarca o designado Brasil, indivíduos, expressões culturais, agrupamentos de militância, partidos políticos, representantes governamentais etc. situam o aborto exclusivamente como um pretenso direito incondicionado da mulher sobre o próprio corpo? Por quê, para tais, o suposto direito de extinguir a vida em gestação é pressuposto, meio e fim para a felicidade da mulher? Por quê, para tais, a vida do ser humano, ab initio, não justifica a dignidade valorativa em si? Por quê a suposta vontade de disposição da mulher sobre o próprio corpo físico se sobrepõe ao absoluto valor da vida humana em todas as suas dimensões?
Por quê os sequazes abortistas comemoram o Natal do Senhor Jesus, enquanto o matam diuturnamente?
São essas e tantas outras indagações congêneres, para as quais só tenho uma só resposta: abortar uma vida humana extingue a matéria e o espírito, a razão e a fé, o direito e a moral, o princípio, o meio e o fim; torna o homem mero aglomerado insubstancial e disforme, o qual pode ser qualquer coisa, sem nenhum valor.

Sua barriga me deu a mãe
O pai me deu o seu braço forte
Os seios fartos me deu a mãe
O alimento, a luz, o norte

A vida é boa me diz o pai
A mãe me ensina que ela é bela
O mal não faço eu quero o bem
Na minha casa não entra a solidão

Comentários

  1. Debater o aborto como se houvesse a possibilidade de aceitá-lo é algo impossível para quem não se deixou vencer pelo materialismo reinante no mundo.

    Excelente post!

    @Filonescio

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  2. Bárbaro! Um dia desses estava conversando com um defensor do libertarianismo e perguntei a ele sobre a questão do aborto. Ele disse que o direito da mãe prevalece ao do filho, então argumentei que essa posição era contrária ao próprio libertarianismo que defende a vida. Mas ele concluiu que para ele o bebê na barriga da mulher não é um ser humano. Simples assim.

    Lembro dos versos de João Cabral de Melo Neto em Morte e Vida severina, quando o Carpina tenta responder se, diante daquela vida severina, não vale mais a pena suicidar, acabar com a vida. Aí, ele responde à pergunta que ele mesmo havia feito, pois que na peça houvera o nascimento de uma criança, que é descrito como uma explosão de vida: "é difícil defender,
    só com palavras, a vida,
    ainda mais quando ela é
    esta que vê, severina;
    mas se responder não pude
    à pergunta que fazia,
    ela, a vida, a respondeu
    com sua presença viva".

    A vida responde aos aborteiros que ela quer viver! Toda gestação, toda concepção é a Vida dizendo sempre, respondendo com a sua própria presença viva. A vida quer viver!

    Abraços sempre afetuosos.

    Fábio.

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  3. o pt ainda não se tocou que há uma grande distância entre o que ele quer e o que a sociedade brasileira defende na questão moral.

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  4. Tenho um amigo que cresceu vivendo num orfanato. Experimentou desde cedo a rejeição e a pobreza. Não se abateu. Cresceu, estudou, formou-se, casou e tem filhos. É um homem realizado e feliz. Gente que defende o aborto dizendo querer evitar o sofrimento da criança não sabe nada da vida e da força do ser humano.

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  5. A vida não é um valor absoluto, senão não poderíamos matar para nos alimentar. A vida HUMANA é um valor absoluto. Que um feto está vivo, ninguém duvida. A questão é saber se um feto tem vida humana.

    Mas essa questão é fácil do ponto de vista religioso. Basta procurar nos textos sagrados.

    Quanto a isso, a Torá é clara. Em Êxodo 21:22-25, esta claro que à vida do feto não se aplica a lei de Talião, ao contrário da vida da mãe. A vida do feto não se compara à vida da mãe, portanto não é vida humana.

    Assim, segundo a lei judaica, o aborto não é um assassinato. Segundo o novo testamento, há também várias passagens que sugerem que o aborto não é um crime e pode até mesmo ser desejável ao invés de uma existência miserável, com a famosa passagem de Mateus 26:24.

    É claro que, por se tratar de um assunto religioso, pode haver opiniões divergentes. Neste caso, é melhor que a lei permita o aborto e cada mulher, no seu foro íntimo e de acordo com sua convicção, decida se deve ou não fazer o aborto. A pior situação seria a imposição religiosa e totalitária da proibição do aborto a pessoas que não compartilham este valor.

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  6. Como é que é? "A vida do feto não se compara a vida da mãe, então não é vida humana?" Gente, em que livro de lógica você estudou? Imagine um barco afundando: mulheres e crianças são retiradas primeiro, logo "os homens não são vida humana"?! O que é que alhos tem com bugalhos? O médico está fazendo uma cesaria, algo dá errado e é preciso que se escolha entre a mãe e a criança, escolhe-se a mãe. Quer dizer que essa escolha determina que aquela vida não é humana?! Que pensamento torto!

    Mt 26:24, além de não estar falando sobre aborto, usa de figura de linguagem: hipérbole. Exagero para ressalatar o valor do escândalo e nem de perto se pensaria em usar esse texto para se concluir sobre, "então não é vida humana".

    "Assim, segundo a lei judaica, o aborto não é crime" rsrsrs você não entende nada de judaísmo. Vou deixar aqui um artigo da revista Morashá: http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=542&p=7

    Fábio.

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  7. Sobre a sua última frase, essa sua crença religiosa de que a vida do feto pode não ser vida humana, então, essa sua crença subjetiva (pois você mesmo disse que acha se tratar de um assunto religioso), isso já seria o suficiente para se defender a vida do feto. Porque o feto, podendo ser vida humana, já merece defesa contra uma decisão religiosa da mãe.

    Se há apenas uma dúvida, uma possibilidade de ser vida humana, já é suficiente para que haja o direito à defesa. Se a mãe crê ou não que seja vida humana, mas o médico, a ciência define como vida humana, então merece a defesa.

    Última coisa, você já viu uma mulher dar à luz a um filhote de cavalo ou a uma pedra ou a uma alface? A lógica simples me obriga a esperar o óbvio de um feto: um ser HUMANO! Mas que pensamento ridículo este seu rsrsrs Você realmente espera que um feto seja vida mineral? Que haja o nascimento de uma coisa não-humana? rsrsrs

    Fábio

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  8. É impressionante como essa corja manobra nos subterrâneos quando se trata de aprovar e enfiar de goela abaixo as insanidades que defendem.

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  9. Casal 20,

    Êxodo 21:22-25 é claríssimo. Se alguém atacar uma mulher e matar o feto, pagará uma multa. Se alguém atacar a mãe e matá-la, então será vida por vida. Não há outra interpretação possível, o feto não pode ser cosiderado vida humana como a da mãe ou do pai ou qualquer outro a quem se aplique a lei de Talião.

    Seu exemplo do barco afundando não se aplica, pois o fato das mulheres e crianças serem salvas primeiro não impede que os homens sejam salvos depois. Neste caso, a primazia das mulheres e crianças ocorre em função da maior fragilidade destas. Se aplicássemos o mesmo princípio a uma gravidez de risco, deveríamos salvar sempre o feto em detrimento da mãe, pois o feto é mais frágil do que a mãe, posição da qual você mesmo discorda.

    Quanto a Mateus 26:24 ser uma hipérbole, quem foi que te falou isso? Você estava lá? Perguntou para Jesus? Ou isso é interpretação sua? O texto é claro: aquele que trair Jesus terá uma vida tão miserável que seria preferível que não tivesse nascido. Podemos supor que o mesmo se aplique a fetos que desenvolverão uma doença gravíssima de grande sofrimento caso nasçam. Ou você e a sua religião me proibirão de pensar assim?

    Vamos desenvolver o seu raciocínio sobre o parto de alface, cavalos e pedras. Segundo você, uma mulher só dá à luz seres humanos, logo o feto é um ser humano. O raciocínio é que se o feto deu origem a um ser humano, então o feto é um ser humano. Usando o mesmo raciocínio, podemos deduzir que o óvulo e o espermatozóide também são seres humanos, pois dão origem ao feto, que, segundo você, é um ser humano. Assim, toda vez que a mulher menstrua, comete assassinato, e toda vez que o homem ejacula, comete milhões de assassinatos, pois apenas um espermatozóide, no máximo, participará da concepção.

    O resto é KKKKK e RSRSRS.

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  10. Anônimo, sobre a sua interpretação sobre o que Jesus de fato teria dito, fica registrado o que você mesmo disse: "podemos supor", logo suposição por suposição fica descartado o uso desse texto para defender um ponto de vista sobre o que o contexto nem de perto aborda. Assim, aplicá-lo sobre o tema do aborto é forçar o tema do escândalo no ambiente da Igreja e aplicá-lo sobre qualquer outro assunto. Veja, segundo o seu argumento, ad absurdum, eu poderia pensar na eutanásia ou no suicídio, porque, para não escandalizar e fugir de um terrível destino, melhor seria me matar.

    Quanto ao assunto do barco, se você não percebeu, repeti um exemplo esdrúxulo semelhante ao seu para evidenciar a falha de seu argumento tosco.

    Quanto ao texto do AT, não questionei o texto e sua interpretação, apenas disse que no contexto do cristianismo, há uma releitura superior de Jesus sobre o texto e que o redireciona e pede que o vejamos sobre nova perspectiva. Além de contestar a sua afirmação de que o judaísmo não vê o aborto como assassinato (e aí, leu o texto? Tem mais, se quiser aprender sobre judaísmo).

    Querido anônimo, mais uma vez você mistura alhos com bugalhos. Quer dizer que para você menstruação é a mesma coisa que dar à luz?! Quer dizer que quando você se masturba você está dando à luz aos espermatozoides?! Você realmente consegue afirmar isso? Na sua cabeça, feto é a mesma coisa que espermatozoide ou óvulo só porque têm vida?

    Você está cometendo um erro clássico de lógica, quando aplica o meu argumento e o transfere para concluir uma outra coisa. Isto é chamado: falácia extra dictionem. O erro do seu pensamento é chamado de "mudança de intenção". Vou te ensinar: mudança de intenção envolve a falsa suposição de que aquilo que é verdadeiro acerca de um termo (vida humana no caso do feto) entendido na primeira intenção é também verdadeiro acerca do mesmo termo quando entendido na segunda intenção (no seu triste exemplo, espermatozoides e óvulos) e vice-versa. Resumindo, você não sabe pensar. Um pouco de Aristóteles, Olavo de Carvalho e Miriam Joseph vai te fazer bem.

    Você realmente não consegue fazer essa distinção. A própria definição de feto é o embrião fecundado, isto é, uma terceira coisa. Ou você pensa que 7 é a mesma coisa que 4, só porque 4 mais 3 são sete. Querido, isto é básico. Ou pior, você realmente acredita que o feto de um cavalo vai gerar um ser humano? Se você não sabe distinguir o que é feto humano e feto de algum outro animal, então encerra-se aqui a minha participação.

    PS - Mas ficam as dicas para você estudar mais. Sem mais.

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  11. Casal 20,

    Apesar da sua colorida demonstração de erudição, você não consegue perceber que os mesmo argumentos que você apresenta invalidam a sua argumentação anterior. A seguinte paráfrase deve ser suficiente para mostrar isto para quem sabe ler:

    Na sua cabeça, um ser humano é a mesma coisa que um feto só porque este último tem vida?

    Vamos observar agora a falácia "extra dictionem" no seu argumento original:

    Premissa: O desenvolvimento do feto, no processo de gestação, não produz cavalos, pedras ou alfaces, mas somente seres humanos.
    Tese: Concluímos daí que o feto é um ser humano.

    Trata-se de um exemplo claríssimo da falácia "extra dictionem". É impossível chegar à conclusão a partir da premissa. O "raciocínio" que você apresenta é uma mera analogia que permite a conclusão absurda de que óvulos e espermatozóides são seres humanos da mesma forma:

    Premissa: O desenvolvimento de um óvulo e de um espermatozóide no processo de fecundação não gera cavalos, pedras ou alfaces, mas somente fetos.
    Tese: Logo, o óvulo e o espermatozóide são fetos.

    Junto com a sua "Tese" anterior, concluímos que óvulos e espermatozóides são seres humanos.

    Infelizmente você não foi capaz de perceber que o meu argumento a respeito dos gametas era uma "reductio ad absurdum" justamente para mostrar que o seu argumento dos cavalos, alfaces e pedras era uma falácia "extra dictionem".

    Apesar da confusão, você coloca uma questão muito interessante: assim como 7 não é 4 só porque 4 + 3 = 7, um feto não é um óvulo (ou um espermatozóide) só porque óvulo + espermatozóide = feto. Novamente, uma analogia e não um silogismo. Mas, novamente, a sua inexperiência no raciocínio lógico o impede de ver que a mesma analogia pode ser usada para mostrar que um feto não é um ser humano, pois um bebê (o ser humano) não é um embrião fecundado, mas o resultado da interação deste feto com o organismo da mãe. De forma simples: feto + organismo da mãe + 9 meses de gestação = bebê = ser humano. Logo, o feto não é um ser humano.

    Vou retribuir suas dicas com mais uma: saber nomes latinos não substitui o raciocínio. As apostilas do Olavo de Carvalho não vão te salvar se você não praticou a lógica. Outra coisa, não menospreze o seu interlocutor nem escarneça dele. O próprio Olavo, que você parece ter em alta conta, já se deu muito mal por ter cometido este erro.

    Quanto aos argumentos bíblicos:

    1. Que bom que você aceita o texto e a interpretação de Êxodo 21:22-25. Isto seria suficiente para encerrar toda a discussão. E não, você não apontou nenhuma releitura superior de Jesus sobre esta passagem, e nem poderia porque ela não existe.

    2. O texto que você mandou não é lei mas interpretação rabínica. Por isso mesmo você não vai encontrar nele e em nenhum outro texto rabínico que aborto é assassinato. Desafio você a mostrar um texto rabínico faça esta afirmação.

    3. Você selecionou uma interpretação judaica particular para o assunto. Use um pouco mais o Google e você verá que existem rabinos com interpretações mais abertas sobre o tema

    4. Eutanásia e suicídio não podem ser aplicados à passagem de Mateus, que afirma somente que "melhor seria para aquele homem não ter nascido", e nada mais. Introduzir eutanásia e suicídio aqui é um erro ou má fé.

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  12. Excelente texto! Como sói. Defender a vida humana é o primeiro dever do homem.

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  13. Descobri seu blog agora e, puxa, você escreve muito bem!
    Apesar de eu não concordar com sua posição, saiba que já tem um leitor fiel.

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    1. Obrigada. Mas olha só, este texto não é meu. O autor é BSchopenhauer. :)

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  14. Lendo a discussão acima do Anonimo com o Casal 20, percebo que nenhum argumento racional pode convencê-los de suas crenças, pois estão muito exaltados...

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    1. Sabe, eu discordo de você. Considerei que os pontos de vista dos debatedores acima, cada qual ao seu estilo e com sua opinião, foram apresentados com tranquilidade. Essas coisas são subjetivas... Mas esta é a impressão que tive ao ler cada comentário, e ainda tenho.

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